Taxa fixa, variável ou mista: qual a solução ideal?

No que toca ao crédito à habitação, optar por uma taxa de juro fixa, variável ou mista é uma das decisões de maior impacte no valor final das prestações que terá de pagar até ao final do contrato. Então, como saber qual delas se deve escolher? Para ajudá-lo a encontrar a solução ideal para si e para a sua família, partilhamos este artigo.

 

No que consiste a taxa de juro de um empréstimo à habitação?

O primeiro passo para perceber a diferença entre uma taxa fixa e uma taxa variável é entender ao certo no que consiste a taxa de juro aplicada ao crédito à habitação. Assim, esta taxa é o valor de referência (ou indexante) para o cálculo das prestações e corresponde à soma da taxa Euribor e do spread, uma taxa aplicada pelos bancos que corresponde à sua margem de lucro.

Daqui resulta que há dois elementos a ter em consideração quando escolher o tipo de taxa: o valor da Euribor e o valor do spread.  Este pode ser negociado e variar de banco para banco, já o outro não (veja aqui como funciona a taxa Euribor) e está sujeito às cotações da Euribor, que oscilam diariamente. Apesar disto, e para servir de indexante, o valor da Euribor é fixado por prazos que vão desde 1 semana a 12 meses.

 

Taxa variável, o que é?

A taxa variável é a aquela em que se pode escolher o prazo da Euribor durante o qual o seu valor servirá de indexante para os cálculos das prestações. Geralmente, e nos créditos à habitação, escolhe-se prazos entre três a seis meses.

Isto significa que, por exemplo, a cada três meses o valor da Euribor é revisto e atualizado, e pode aumentar ou diminuir. Consequentemente, a taxa de juro do empréstimo sobe ou desce, e a prestação da casa fica mais alta ou mais baixa.

 

A taxa fixa, qual a diferença?

Na taxa fixa o valor indexante é a SWAP, uma taxa de mercado cuja cotação também é dada diariamente mas que, ao contrário da Euribor e para efeitos de referência a usar no crédito à habitação, se fixa no prazo entre os cinco e os 30 anos, contados a partir do dia útil anterior à data do contrato.

Daqui resulta que a taxa de juro não terá oscilações e o montante das prestações da casa manter-se-á o mesmo durante cinco, 10, 20, 25 ou 30 anos, consoante o período escolhido.

Em condições normais de mercado, a prestação de um empréstimo a taxa de juro fixa é mais elevada do que a prestação indexada à Euribor. O cliente paga um preço mais alto pela segurança de não vir a ter a sua prestação aumentada. Mas deve ponderar bem esta escolha, pois se a Euribor descer a sua prestação não desce.

 

E a taxa mista?

A taxa mista é aquela em que os juros a pagar serão calculados de duas formas diferentes ao longo do prazo do empréstimo: durante um período inicial, que pode ser de 3 a 15 anos, os juros a pagar são calculados em função de uma taxa fixa; após este período e até ao fim do prazo do crédito, será aplicada uma taxa variável que é negociada previamente, aquando da contratação do financiamento.

 

Como escolher a taxa ideal para o seu caso?

Assim, quando for pedir empréstimo para comprar a sua casa nova, terá de considerar que na taxa fixa a prestação fica, geralmente, mais cara, pois não vai beneficiar quando a Euribor descer. Em contrapartida, não corre o risco de ver a prestação aumentar e pode gerir o orçamento familiar com mais segurança e previsibilidade.

Com a taxa variável há menor controlo das finanças da família, pois a prestação da casa está sujeita à tendência da Euribor, ou seja, tanto pode manter-se, como subir ou descer: nos períodos em que a taxa de juro se mantiver baixa terá uma folga financeira; já a subida da taxa e o consequente aumento da prestação pode gerar situações delicadas nas finanças das famílias.

A taxa mista vem sendo a opção preferida, sobretudo nos momentos em que se assiste à subida das taxas de juro, já que nos primeiros anos do contrato oferece a segurança e previsibilidade importantes para gerir o orçamento familiar com mais tranquilidade.

 

Quando se trata de pedir financiamento para comprar casa, ou outro tipo de empréstimo, o melhor mesmo é solicitar aconselhamento a um gestor da SI Crédito – somos especialistas em finanças e na gestão sustentável, e vamos ajudá-lo a encontrar a solução ideal para si e para a sua família.

 

 

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